domingo, 27 de abril de 2014

"MALÁRIA - CINCO INFORMAÇÕES IMPORTANTES PARA VIAJANTES" #MALARIA - FIVE IMPORTANT INFORMATION FOR TRAVELERS.

SE VOCÊ FOR VIAJAR OU ESTIVER RETORNANDO DE ALGUNS DOS PAÍSES ENDÊMICOS DE MALÁRIA LISTADOS NO LINK https://map.ox.ac.uk/country-profiles/#!/ . NÃO DEIXE DE LER AS INFORMAÇÕES ABAIXO OU TIRAR SUAS DÚVIDAS SOBRE A DOENÇA. ISTO PODE DIMINUIR O RISCO DE VOCÊ CONTRAIR A DOENÇA, EVITAR QUE LEVE MALÁRIA DE UM PAÍS PARA O OUTRO, IMPEDIR A EVOLUÇÃO DA DOENÇA PARA SUAS FORMAS GRAVES E ATÉ MESMO SALVAR SUA VIDA! O CONTROLE DA MALÁRIA NO PLANETA TAMBÉM DEPENDE DE VOCÊ! DISSEMINE E DEMOCRATIZE SEU CONHECIMENTO!........................................................................................................................................................... 1. EVITAR A PICADA DE MOSQUITOS COM O USO DE REPELENTES. Os repelentes são substâncias químicas que repelem insetos quando aplicados sobre a pele. Os repelentes à base de DEET (N-N Dietiltoluamida) são efetivos por cerca de apenas 02 horas. Existem no mercado produtos com apresentações (creme e aerossol) e concentrações de DEET diversas. Devem ser usados nas partes descobertas do corpo, inclusive nas orelhas. Testar pequena quantidade sobre a pele antes de usar torna-se importante para avaliar processos alérgicos ao DEET. A proteção dos olhos, nariz e boca deve ser observada. Nunca acreditar que repelentes protegem ou repelem insetos por longos períodos, o nível de proteção é limitado à concentração do princípio ativo e às condições de uso de cada produto. A icaridina é outro princípio ativo que também repele insetos. Seu nível de proteção também deve ser avaliado. Use aquele que lhe dê conforto. A transpiração e o suor atraem picadas de mosquitos, você já deve ter tido esta experiência. Habitantes de áreas endêmicas ou de transmissão da doença normalmente não usam repelentes e desestimulam você a usar, na maioria das vezes porque banalizam a doença, principalmente aqueles que já contraíram múltiplas malárias. O desconforto de usar um produto sobre a pele com cheiro forte também desestimula o uso. Ambientes telados ou com ar condicionado também reduzem a possibilidade de picadas de mosquitos. Excetuando-se roupas de astronauta, nenhuma das tecnologias acima oferece proteção de 100% contra picadas de mosquito, que é a principal forma de transmissão de malária. No link em seguida está a distribuição dos principais mosquitos transmissores de malária no planeta.( http://malariabrasil.blogspot.com/2010/05/distribuicao-dos-principais-mosquitos.html ) Os mosquitos transmissores de malária estão distribuídos por praticamente todo planeta. O Anopheles darlingi é o principal transmissor de malária no Brasil, veja no mapa. São cerca de 54 espécies de mosquitos com capacidade de se infectar com o Plasmodium e transmitir malária, todas pertencentes ao gênero Anopheles. Uma característica visual desses mosquitos se reside no fato deles pousarem sobre a pele formando um angulo de aproximadamente 45 graus. http://malariabrasil.blogspot.com.br/2011/06/video-ciclo-evolutivo-da-doenca.html Em países como os Estados Unidos, vários países europeus e até mesmo no Japão também existe mosquitos transmissores de malária.Nesses países não temos a doença de forma endêmica. As antigas áreas endêmicas de malária dos EUA são hoje regiões de transmissão interrompida pelo tratamento de casos, e não pela eliminação do vetor. Lá também existe o risco de reintrodução da doença por existir mosquitos transmissores em algumas regiões e circulação de doentes vindos de áreas endêmicas........................................................................................................................................................... 2. PROCURAR SABER SE VOCE ESTÁ EM ÁREA DE TRANSMISSÃO DE MALÁRIA. Procure saber se existem casos de malária onde você está. Se existem, você está em uma área de transmissão e é real a possibilidade de se contrair a doença. Se há casos é porque existem mosquitos transmissores em circulação infectados com os protozoários transmitindo malária. Acreditar que em algumas regiões do planeta há transmissão de malária inclusive em áreas urbanas. Na Ásia, África e nas Américas Central e do Sul isto é realidade. Você não vai ouvir nem ver propaganda de malária em lugar nenhum. Nos países africanos, por exemplo, você vai entrar e sair de áreas de transmissão de malária sem estar sabendo. País nenhum faz propaganda de suas doenças. Qualquer informação sobre malária em meios de comunicação normalmente assustam quem nunca teve ou desconhece a doença. Acredite também que a malária está sem controle no planeta. Os portos e aeroportos também são locais onde pode ocorrer transmissão de malária, principalmente os que recebem embarcações e aeronaves provenientes de países endêmicos. Mosquitos infectados também se utilizam de vários meios de transporte. Você já deve ter flagrado mosquitos lhe picando no seu carro ou ônibus. Encontrar mosquitos e outros insetos em aeronaves e embarcações é também realidade. ........................................................................................................................................................................................ 3. PENSAR EM MALÁRIA SE TIVER FEBRE – Se você for viajar para algum dos 100 países do link (http://www.map.ox.ac.uk/explore/countries/), ou alguma área de transmissão de malária no Brasil, como AM, PA, TO, AC, RO, RR, AP, oeste do Maranhão e norte de Mato Grosso, além de regiões de Mata Atlântica na região sudeste nos Estados de SC, PR, SP, RJ, ES (http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21170:a-malaria-brasileira-fora-da-amazonia&catid=46:artigos&Itemid=18) e regiões do vale do Rio Paraná, e vier a apresentar FEBRE como principal sintoma a partir do oitavo dia da chegada e até 30 dias após a volta ao país de origem, deve-se sempre PENSAR EM MALÁRIA como possibilidade de diagnóstico pelo simples fato de ter passado ou frequentado área de transmissão da doença! Os outros sintomas da malária são diarreia, vômitos, dor de cabeça, dor abdominal, falta de apetite, mal estar geral, entre outros. A maioria dos profissionais de saúde, incluindo os médicos, fora das áreas de transmissão de malária em todos os países RARAMENTE PENSA EM MALÁRIA DIANTE DE UM PACIENTE FEBRIL, a não ser que você informe que viajou e esteve em área endêmica ou de transmissão de malária........................................................................................................................................................................... 4. SABER ONDE BUSCAR POR SOCORRO MÉDICO – Fora das áreas endêmicas de malária os recursos assistenciais e laboratoriais para diagnosticar e tratar malária são poucos e concentrados em algumas poucas regiões. Procure saber na sua cidade ou onde você está qual hospital, médico ou laboratório estão habilitados e capacitados a fazer diagnóstico e tratamento de malária. Se você está numa área de transmissão da doença num país diferente do seu e vier a apresentar qualquer dos sintomas citados acima, procure por socorro médico antes de embarcar de volta. Os Órgãos de Saúde de qualquer lugar saberão lhe informar os telefones e endereços de onde buscar por socorro médico especializado para diagnosticar e tratar malária. Lembrem sempre que malária é uma doença de evolução rápida e que pode evoluir para suas formas graves e levar ao óbito em poucos dias se não for diagnosticada e tratada, principalmente a malária causada pelo P. falciparum. A morte por malária se dá por falência de vários órgãos. As principais causas de óbitos por malária em qualquer lugar são o retardo de diagnóstico e de tratamento e a desinformação sobre a doença.Tem sempre um melhor prognóstico e chances reais de cura aqueles que diagnosticam e iniciam o tratamento da doença logo no início do aparecimento dos sintomas. Malária causada pelo P. falciparum deve ser sempre considerada como uma emergência médica . A malária causada por esse protozoário é responsável por quase 100% dos óbitos por malária no planeta. ....................................................................................................................................................................................... 5. NÃO SE AUTOMEDICAR – Se você está ou esteve em áreas de transmissão de malária e apresentou sintomas sugestivos de malária não se automedique. Acredite em primeiro lugar que os seus sintomas podem ser de malária. Procure por socorro médico para fazer o diagnóstico e tratamento, informando ao médico que esteve em área ou país endêmico de malária. Os sintomas iniciais da malária são muito parecidos com o de outras doenças, inclusive as doenças virais. O período de incubação da malária varia de 8 a 30 dias ou mais. Período de incubação é o período que vai da picada do mosquito até o início dos sintomas, e corresponde à fase hepática da doença. Na malária, se o homem for picado por mosquitos infectados duas vezes num mesmo dia, ele desenvolve duas malárias ao mesmo tempo com níveis altos de parasitemia e sintomas muito mais exuberantes. Níveis altos de parasitemia (quantidade de protozoários no sangue) aceleram as formas graves da doença e o óbito. Automedicaçao com medicamentos antitérmicos reduzem a febre, mas não curam malária. Somente os medicamentos antimaláricos curam a malária quando prescritos de forma correta. Não se automedique de forma alguma com medicamentos antimaláricos para "evitar" a malária em áreas de transmissão. Nenhum deles impede a infecção malárica. Se for picado por um mosquito infectado com o Plasmodium vai desenvolver a doença pelo menos até a fase hepática. Sem falar da toxicidade desses medicamentos, dos efeitos colaterais e restrições de uso. As doses utilizadas nesses casos são subterapêuticas, insuficientes para curar ou "evitar" a doença. Não são poucas as cepas de protozoários resistentes aos antimaláricos. A cloroquina e a mefloquina, por exemplo, são antimaláricos que perderam sua eficácia frente aos Plasmódios em vários países. Outra coisa, se o Plasmodium for resistente ao medicamento utilizado você desenvolverá a doença com todo rigor dos sintomas que o protozoário impõe. E o pior de tudo, o uso desses medicamentos utilizados dessa forma causam uma falsa sensação de segurança em quem os utiliza, e por conta disso acabam por se expor mais aos mosquitos transmissores da doença aumentando a possibilidade de contrair a doença. Quem faz o diagnóstico e o tratamento na fase inicial da doença tem sempre um melhor prognóstico, com chances reais de cura em Centros de Diagnóstico e Tratamento. A quimioprofilaxia em malária prescrita por médicos habilitados encontra as mesmas barreiras técnicas. (http://malariabrasil.blogspot.com.br/2010/04/malaria-quimioprofilaxia-e-medidas-de.html) Nem em situações extremas em áreas de transmissão da doença se justifica o uso de antimaláricos para uma malária que ainda não se contraiu. Uma frase para botar no quadro: "Medicamento não é vacina, por isso não evita a malária!" Infelizmente ainda não temos vacina contra a malária! Dr Wanir J. Barroso, sanitarista, especialista em epidemiologia e controle de endemias- Fiocruz/RJ........................................................................................................................................................ Autorizado a reprodução deste texto desde que citada a fonte e o autor. No link abaixo o folder "Conheça a Malária" com os tels dos principais Centros de Referência para diagnóstico e tratamento de Malária no Brasil. http://www5.ensp.fiocruz.br/biblioteca/dados/txt_569194722.pdf SE VOCÊ CONSIDEROU COMO "ÚTIL PARA VIAJANTES" AS INFORMAÇÕES QUE ACABOU DE LER - COMPARTILHE! ...........................ONDE BUSCAR POR SOCORRO MÉDICO NO BRASIL........................................CENTROS DE REFERÊNCIA PARA DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE MALÁRIA NO BRASIL......................... ......ACRE (AC) Nome da Instituição: Secretaria Estadual de Saúde Setor Responsável: Divisão de Endemias do Acre Endereço: Av. Getúlio Vargas, 1.446 – Bosque – Rio Branco/AC – 69908-650 Telefone: (68) 3222-4978 / 3224-7019 ......ALAGOAS (AL) Nome da Instituição: Hospital Escola Hélvio Auto (HEHA) Setor Responsável: Pronto Atendimento Endereço: Rua Cônego Fernando Lira, s/n – Trapiche da Barra – Maceió/AL – 57017-420 Telefone: (82) 3315-3204 / 3315-3203 Email: nve_heha@saude.al.gov.br ......AMAZONAS (AM) Nome da Instituição: Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) Setor Responsável: Gerência de Malária Endereço: Av. Pedro Teixeira, 25 – Dom Pedro – Manaus/AM – 69040-000 Telefone: (92) 2127-3431 / 2127-3443 ......BAHIA (BA) Nome da Instituição: Hospital Couto Maia (HCM) Setor Responsável: Pronto Atendimento do HCM Endereço: Rua Rio São Francisco, s/n – Monte Serrat – Salvador/BA – 40425-060 Telefone: (71) 3316-3084 .......CEARÁ (CE) Nome da Instituição: Secretaria da Saúde do Estado do Ceará / Hospital São José – HSJ (Doenças Infecciosas) Setor Responsável: Urgência Endereço: Rua Nestor Barbosa, 315 – Parquelândia – Fortaleza/CE – 60455-610 Telefone: (85) 3101-2352 / 3101-2323 / 3101-2319 ......DISTRITO FEDERAL (DF) Nome da Instituição: Subsecretaria de Vigilância à Saúde/Secretaria de Estado de Saúde do DF Setor Responsável: Núcleo de Controle de Endemias Endereço: hospitais regionais e as UPA, ou entrar em contato com a equipe volante que atende os casos suspeitos de malária. Telefone: (61) 9249-0000 / 9668-2512 ......ESPÍRITO SANTO (ES) Nome da Instituição: Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (HUCAM) (centro de referência em malária do viajante) Setor Responsável: Ambulatório de doenças infecciosas e parasitárias (DIP) Endereço: Avenida Marechal Campos, 1355, Ambulatório de DIP (casa 5, fundos) – Santos Dumont – Vitória/ES – 29043-900 Telefone: (27) 3335-7188 Telefax: (27) 3335-7406 Nome da Instituição: Laboratório Central de Saúde Publica do ES (unidade de referência para diagnóstico) Centros para diagnóstico e tratamento de malária Setor Responsável: Setor de malária Endereço: Av. Marechal Mascarenhas de Moraes, 2025 – Bento Ferreira – Vitória/ES –29050625. Telefone: (27) 3636-8388/ 3636-8393 Email: lacen.malaria@saude.es.gov.br Nome da Instituição: Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria Municipal de Saúde de Colatina Setor Responsável: Laboratório de malária do CCZ (unidade de referência para diagnóstico) Endereço: Estrada Colatina-Barbados, 1055 – Barbados – Colatina/ES –29700-000. Telefone: (27) 3721-1681/ 3721-1978 Email: prefeitura@colatina.es.gov.br; cczcolatina@ig.com.br Nome da Instituição: Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria Municipal de Saúde de Linhares Setor Responsável: Laboratório do CCZ (unidade de referência para diagnóstico) Endereço: Avenida Álvaro Garcia Durão, 299 – Três Barras – Linhares/ES – 29901-035 Telefone: (27) 3371-1480/ 3371-4098 Email: zoonose@linhares.es.gov.br Nome da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Barra de São Francisco Setor Responsável: Laboratório de malária (unidade de referência para diagnóstico) Endereço: Rua Coronel Djalma Borges, s/n – Centro – Barra de São Francisco/ES – 29800-000 Telefone: (27) 3756-7478 Email: henrriquegoulart@hotmail.com Nome da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Aracruz Setor Responsável: Laboratório do CCZ (unidade de referência para diagnóstico) Endereço: Rua Projetada, s/n – Vila Nova – Aracruz/ES Telefone: (27) 3296-1365 Email: semsa.ccz@aracruz.es.gov.br ......GOIÁS (GO) Nome da Instituição: Hospital de Doenças Tropicais (unidade de referência para tratamento) Setor Responsável: Endereço: Av. Contorno Q Área, 3556 km 1 lt 1 – Jardim Bela Vista – Goiânia/GO – 74000-000 Telefone: (62) 3201-3673 / 3201-3674 Nome da Instituição: LACEN/GO - Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (unidade de referência para diagnóstico) Setor Responsável: Imunoparasitárias Endereço: Av. Contorno, 3556 – Jardim Bela Vista – Goiânia/GO – 74853-120 Telefone: (62) 3201-9669 ......MARANHÃO (MA) Nome da Instituição: Hospital Universitário “Pres. Dutra” – UFMA Setor Responsável: Clínica Médica Endereço: Rua Barão de Itapary, 227 – Centro – São Luis/MA – 65020-070 Telefone: (98) 3219-1002 / 3219-1003 ......MATO GROSSO (MT) Nome da Instituição: Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM) Setor Responsável: Ambulatório de Infectologia Endereço: Rua Dr. Luiz Phelipe Pereira Leite, s/n – Alvorada – Cuiabá/MT – 78060-900 Telefone: (65) 3615-7253 ......MATO GROSSO DO SUL (MS) Nome da Instituição: Secretaria de Estado de Saúde Setor Responsável: Laboratório Central de Mato Grosso do Sul – LACEN Endereço: Rua Filinto Muller, 1660 – Vila Ipiranga – 79074-460 Telefone: ......MINAS GERAIS (MG) Nome da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Alto Caparaó Setor Responsável: Endereço: Avenida Pico Bandeira, 1199 – Centro – Alto Caparaó/MG – 36836-000 Telefone: (32) 3747-2627 / 3747-2621 Nome da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Araguari Setor Responsável: Endereço: Rua Dr. Afrânio, 163, sala 15 – Centro – Araguari/MG – 38440-072 Telefone: (34) 3690-3101 / 3690-1906 Nome da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Arinos – PSF Primavera Setor Responsável: Endereço: Rua Sant' Clair, 20 – Primavera II – Arinos/MG – 38680-000 Telefone: (38) 3635-2511 Nome da Instituição: Faculdade de Medicina (UFMG) Setor Responsável: Pronto Atendimento do Hospital das Clínicas/UFMG Endereço: Av. Profº. Alfredo Balena, 190, Sala 139 - Santa Efigênia – Belo Horizonte/MG – 30130-100 Telefone: (31) 3226-6269 Nome da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Buritis Setor Responsável: Endereço: Rua Paraná, 496, Centro – Buritis/MG – 38660-000 Telefone: (38) 3671-1139 Nome da Instituição: Laboratório Regional da Gerência Regional de Saúde de Diamantina Setor Responsável: Endereço: Praça da Alvorada, s/n – Bairro Polivalente – Diamantina/MG – 39100-00 Telefone: (38) 3531-1265 Nome da Instituição: Hospital Municipal de Governador Valadares Setor Responsável: Endereço: Rua Teófilo Otoni, 361 – Centro – Governador Valadares/MG – 35020-600 Telefone: (33) 3271-7231 Nome da Instituição: Hospital Municipal Eliane Martins Setor Responsável: Endereço: Av. Felipe dos Santos, 123 – Cidade Nobre – Ipatinga/MG – 35162-369 Telefone: (31) 3828-5651 / 3829-8724 Nome da Instituição: Hospital Filantrópico Márcio Cunha Setor Responsável: Endereço: Av. Engenheiro Kiyoshi Tsunawaki, 41 – Cariru – Ipatinga/MG – 35160-158 Telefone: (31) 3829-9272 Nome da Instituição: Policlínica Municipal de Itabira Setor Responsável: Endereço: Rua Luiz Ventura, 75 – Vila Piedade – Itabira/MG – 35900-205 Telefone: (31) 3839-2289 Nome da Instituição: Unidade Mista de Saúde Setor Responsável: Endereço: Av. 45, 164, Elândia – Ituiutaba/MG – 38304-244 Telefone: (34) 3268-7555 Nome da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de João Pinheiro Setor Responsável: Endereço: Rua Vicente Antônio de Souza, 705 – João Pinheiro/MG - Telefone: (38) 3561-2799 Nome da Instituição: Laboratório Macrorregional de Saúde Pública de Juiz de Fora Setor Responsável: Endereço: Avenida dos Andradas, nº 222, 3º andar, Palácio da Saúde – Centro – Juiz de Fora/MG – 36100-000 Telefone: (32) 3257 8846 / 3257-8800 Nome da Instituição: Laboratório Macrorregional de Montes Claros Setor Responsável: Endereço: Av. Carlos Ferrante, 435 – Edgar Pereira – Montes Claros/MG – 39400-177 Telefone: (38) 3222-3311 / 3221-5055 Nome da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Mutum Setor Responsável: Endereço: Rua Dr. João Luiz Alves, 102 – Mutum/MG – 36955-000 Telefone: (33) 3312-1836 / 3312-1278 Nome da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Paracatu Setor Responsável: Endereço: Rua Dom Serafim, 16 – Arraial da Angola – Paracatu/MG – 38600-000 Telefone: (38) 3671-1139 Nome da Instituição: Hospital Regional Antônio Dias Setor Responsável: Endereço: Rua José Reis, s/n – Centro – Patos de Minas/MG – 38700-180 Telefone: (34) 3818-6000 Nome da Instituição: Laboratório Macrorregional de Pouso Alegre Setor Responsável: Endereço: Rua Amilton Pereira Machado, 41 – Fátima III – Pouso Alegre/MG – 37550-000 Telefone: (35) 3423-1592 Nome da Instituição: Secretaria Regional de Saúde/Secretaria Estadual de Saúde de Teófilo Otoni Setor Responsável: Endereço: Rua Engenheiro Celso, 91 – Centro – Teófilo Otoni/MG Telefone: (33) 3522-4912 Nome da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Simonésia Setor Responsável: Endereço: Rua Coronel Ardelino de Carvalho, 80 – Centro – Simonésia/MG – 36930-000 Telefone: (33) 3336-1458 Nome da Instituição: Laboratório Macrorregional de Uberaba Setor Responsável: Endereço: Av. Saudade, 1346 – Mercês – Uberaba/MG – 38061-000 Telefone: (34) 3312-1110 / 3321-5622 Nome da Instituição: Faculdade Federal de Medicina do Triângulo Mineiro Setor Responsável: Endereço: Avenida Getúlio Guaritá, s/n – Abadia – Uberaba/MG - 38025-440 Telefone: (34) 3318-5864 Nome da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia Setor Responsável: Centro de Controle de Zoonoses Endereço: Av. Alexandrino Alves Vieira, 1.423 – Liberdade – Uberlândia/MG – 38401-240 Telefone: (34) 3213-1470 / 3213-1418 Nome da Instituição: GRS Unaí Setor Responsável: Endereço: Av. Gov. Valadares, 1634 – Centro – Unaí/MG – 38610-000 Telefone: (38) 3677-932 / 3677-9308 Nome da Instituição: Superintendência Regional de Saúde de Varginha Setor Responsável: Endereço: Rua Manuel Diniz, 145 – Industrial JK – Varginha/MG – 37062-480 Telefone: (35) 3219-2300 ......PARÁ (PA) Nome da Instituição: Instituto Evandro Chagas Setor Responsável: Setor de Saúde do Trabalhador Endereço: Av. Almirante Barroso, 492 – Marco – Belém/PA – 66090-000 Telefone: (91) 3217-3166 ......PARAÍBA (PB) Nome da Instituição: Hospital Universitário Lauro Wanderley (UFPB) Setor Responsável: Clínica de Doenças Infecciosas e Parasitárias – DIC Endereço: Campus I, Cidade Universitária – João Pessoa/PB – 58059-900 Telefone: (83) 3216-7058 ......PARANÁ (PR) Nome da Instituição: UPA Albert Sabin Setor Responsável: Endereço: Rua Carlos Klemtz, 1883 – Fazendinha – Curitiba/PR – 81320-000 Telefone: (41) 3314-5112 / 3314-5111 Nome da Instituição: UPA Campo Comprido Setor Responsável: Endereço: Rua Monsenhor Ivo Zanlorenzi, 3495 – Campo Comprido – Curitiba/PR – 81210-000 Telefone: (41) 3373-1332 Nome da Instituição: Hospital Municipal de Foz do Iguaçu Setor Responsável: Endereço: Rua Adoniran Barbosa, 370 – Jardim Central – Foz do Iguaçu/PR – 85864-380 Telefone: (45) 3521-1951 ......PERNAMBUCO (PE) Nome da Instituição: Hospital Universitário Oswaldo Cruz Setor Responsável: Setor de Infectologia Endereço: Rua Arnóbio Marques, 310 – Santo Amaro – Recife/PE – 50100-130 Telefone: (81) 3184-1200 / 3184-1319 ......PIAUÍ (PI) Nome da Instituição: Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela Setor Responsável: Setor de Epidemiologia Endereço: Rua Gov. Raimundo Arthur de Vasconcelos, 151, em frente à Dermatologia do HGV – Centro /Sul – Teresina/PI – 64001-150 Telefone: (86) 3222-4377 ......RIO GRANDE DO NORTE (RN) Nome da Instituição: Hospital Giselda Trigueiro Setor Responsável: Núcleo de Vigilância Epidemiológica Endereço: Rua Cônego Monte, 110 – Quintas – Natal/RN – 59037-170 Telefone: (84) 3232-7944 Nome da Instituição: Hospital Rafael Fernandes Setor Responsável: Núcleo de Vigilância Epidemiológica Endereço: Rua Prudente de Morais, s/n – Centro – Mossoró/RN – 59610-100 Telefone: (84) 3315-3484 ......RIO GRANDE SUL (RS) Nome da Instituição: Hospital Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre Setor Responsável: Ambulatório de Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP) da UFCSPA Endereço Hospital: Praça Dom Feliciano, s/n – Centro – Porto Alegre/RS Endereço Ambulatório: Rua Prof. Annes Dias, 285 – Centro – Porto Alegre/RS – 90020-090 Telefone: (51) 3214-8080 / (DIP) 2314-8035 / 9968-6076 ......RIO DE JANEIRO (RJ) Nome da Instituição: Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Setor Responsável: Centro de Pesquisa, Diagnóstico e Treinamento em Malária (CPDMAL/Fiocruz) Endereço: Av. Brasil, 4365 – Manguinhos – Rio de Janeiro/RJ – 21045-900 Telefone: (21) 3865-9554 / 3865-8145 / 3865-9507 / 3865-9594, (plantão) (21) 9988-0113 ......RONDÔNIA (RO) Nome da Instituição: Coordenação Estadual do Programa de Controle da Malária – PECM Setor Responsável: PECM/GTVAE/AGEVISA/RO Endereço: Av. Nações Unidas, 1.300 – Roque – Porto Velho/Rondônia – 76804-436 Telefone: (69) 3216-5294 Nome da Instituição: Centro de Pesquisa Médica Tropical (CEPEM) Setor Responsável: Endereço: Av. Guaporé, 315 – Lagoinha – 76812-303 Telefone: (69) 3219-6013 ......RORAIMA (RR) Nome da Instituição: Hospital Coronel Mota Setor Responsável: Endereço: Av. Coronel Pinto, 636 – Centro – Boa Vista/RR – 69300-00 Telefone: (95) 3224- 9285 ......SANTA CATARINA (SC) Nome da Instituição: LACEN (unidade de referência para diagnóstico) Setor Responsável: Endereço: Rua Dom Joaquim Domingues de Oliveira, 100 D – Passo dos Fortes – Chapecó/SC – 89805-170 Telefone: Nome da Instituição: LACEN (unidade de referência para diagnóstico) Setor Responsável: Endereço: Rua Júlio Gaidizinsk, s/n (em frente ao Hospital São José) – Criciúma/SC Telefone: Nome da Instituição: Hospital Nereu Ramos Setor Responsável: Endereço: Rua Rui Barbosa, 800 – Agronômica – Florianópolis/SC – 88025-301 Telefone: (48) 3216-9300 Nome da Instituição: LACEN (unidade de referência para diagnóstico) Setor Responsável: Endereço: Rua Felipe Schmidt, 778 – Centro – Florianópolis/SC Telefone: Nome da Instituição: LACEN (unidade de referência para diagnóstico) Setor Responsável: Endereço: Rua Eliziário de Carli, 795 – Santa Tereza – Joaçaba/SC – 89600-000 Telefone: Nome da Instituição: LACEN (unidade de referência para diagnóstico) Setor Responsável: Endereço: Rua XV de novembro, 70 – Centro – Joinville/SC – 89201-600 Telefone: Nome da Instituição: LACEN (unidade de referência para diagnóstico) Setor Responsável: Endereço: Rua Santos Dumont, 131 – Centro – São Miguel D’Oeste/SC – 89900-000 Telefone: Nome da Instituição: LACEN (unidade de referência para diagnóstico) Setor Responsável: Endereço: Rua Rui Barbosa, 339 – Centro – Tubarão/SC – 88701-600 Telefone: ......SÃO PAULO (SP) Nome da Instituição: Hospital das Clínicas (FMUSP) Setor Responsável: Ambulatório dos Viajantes Endereço: Rua Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 155 - 4º andar, bloco 8 (Prédio dos Ambulatórios) – Cerqueira César – São Paulo/SP – 05403-000 Telefone: (11) 2661-6392 / 2661-8025 Nome da Instituição: Instituto de Infectologia Emílio Ribas Setor Responsável: Núcleo de Medicina do Viajante Endereço: Av. Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César – São Paulo/SP – 01246-900 Telefone: (11) 3896-1200 Para conhecer as outras unidades de referência para atendimento de malária no estado de São Paulo, acesse: http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/zoo/malaria12_unid_ref.htm ......SERGIPE (SE) Nome da Instituição: Hospital Universitário Setor Responsável: Infectologia Endereço: Av. Claudio Batista, s/n – Sanatório – Aracaju/SE – 49060-100 Telefone: (79) 2105-1744 ......TOCANTINS (TO) Nome da Instituição: Hospital de Doenças Tropicais do Tocantins Setor Responsável: Infectologia Endereço: Avenida José de Brito, 1015 – Setor Anhanguera – Araguaína – 77818-530 Telefone: (63) 3411-6009

sexta-feira, 25 de abril de 2014

MALÁRIA NO BRASIL, EM PARTICULAR NO RIO DE JANEIRO.

Casos de malária no Rio de Janeiro assustaram muita gente e até virou notícia em Nova York, alguns ficaram estarrecidos em ver doença do século passado ou de épocas passadas, presente e assolando nossa população em dias atuais, outros colocaram a culpa nos mosquitos Anopheles da Mata Atlântica, outros se apressaram em dar explicações referentes à origem dos plasmódios, outros acham que é uma doença sem controle ou de controle impossível, outros acham que nossos macacos de nossa Floresta Atlântica são os culpados e outros infelizmente acham que quando não chove nossos mosquitos ficam mais revoltados e formam exércitos numerosos e aglomerados tornando-se potentes transmissores de malária e outros acham que é assim mesmo e que os casos de malária no Rio de Janeiro ocorrem por que Deus assim quer. Nossos controladores de epidemias e endemias estaduais e municipais sentem-se impotentes diante de 14 ou 18 casos de malária, alguns ainda sem definição epidemiológica. Que caos! No Brasil, anualmente, ocorrem milhares de casos de malária na Amazônia e algumas centenas de óbitos todos os anos. Tanto os casos daqui quanto os de lá merecem esse mesmo nível de preocupação de pesquisadores, da mídia e da população daqui do sudeste. Afinal todos são brasileiros expostos ao risco de contrair a doença. Na Amazônia, o amazônida é vítima de sua própria malária, porque uma grande parte dos casos não é tratada com a velocidade que o controle da endemia requer. Além de estarem permanentemente expostos a mosquitos transmissores não é raro encontrar pessoas que já contraíram múltiplas malárias. A doença faz parte do cotidiano de vida dessas pessoas. A malária, como doença das mais negligenciadas no Brasil e no mundo se mantém endêmica porque o modelo de controle praticado não só no Brasil, mas também nos outros mais de 100 países endêmicos, não conseguem romper o ciclo da doença, que seria tratar e isolar o homem doente ou retirá-lo da frente dos mosquitos transmissores, ou até mesmo retirá-los das áreas de transmissão, simples assim. Qual é o custo disso? Um quarto telado com o doente em tratamento dentro rompe o ciclo da doença numa área de transmissão, acreditem! Não precisamos controlar mosquitos para ter o controle da doença, até porque não conseguiremos. Um caso de malária ou dengue só acontece porque doentes sem tratamento ficaram expostos aos mosquitos transmissores. O mosquito da malária para se infectar precisa picar alguém doente. Sem doentes expostos não temos mosquitos infectados nem transmissão de malária. Controlar dengue é mais complexo porque o mosquito da dengue já nasce infectado se a fêmea que fez a postura dos ovos estiver infectada com o vírus da dengue. Uma única fêmea coloca em circulação centenas de novos mosquitos infectados com o vírus da dengue. É assim que começa a explosão de uma epidemia. Essa é uma das razões do número expressivo de casos e de surtos epidêmicos localizados. Controlar mosquitos em áreas urbanas ou peri-urbanas através de eliminação de criadouros é importante porque mosquitos são insetos que incomodam e podem transmitir doenças se se infectarem. Um mosquito não infectado não transmite nada, só incomoda porque ele precisa se alimentar de sangue para sobreviver, e o sangue humano está nesse cardápio. Enquanto a culpa do aparecimento de casos for dos mosquitos e da população que não faz seu controle, essas doenças com essas características de transmissão continuarão endêmicas e sem controle em todos os lugares. A própria natureza faz o controle desses insetos naturalmente através de seus naturais predadores e de variações climáticas. Reparem que depois de um grande temporal temos poucos mosquitos sobreviventes. O Rio de Janeiro já foi um Estado endêmico de malária até a década de 1960, isto é, havia registros de casos de malária todos os dias em vários municípios. Era como a nossa dengue hoje, há registro de casos todos os dias, por isso se tornou endêmica.Como exemplo, em 1965, que não é uma data tão distante assim, em Nova Iguaçu, município de nossa baixada fluminense ocorreram 1.565 casos de malária, em 1966 um pouco menos até que em nossos dias atuais não ocorrem mais transmissão de casos autóctones naquele município. A urbanização, o desmatamento, o uso de inseticidas e o tratamento dos casos diminuiu a possibilidade de transmissão da doença. Com relação aos mosquitos transmissores daquela época, eles continuam por lá em algumas regiões, só que mais especializados. Até algumas décadas atrás ainda ocorriam poucos casos de transmissão autóctone em Nova Iguaçu. Um caso autóctone de malária é aquela situação em que os mosquitos Anopheles transmissores da doença e os plasmódios, agentes etiológicos da doença pertencem ou circulam numa mesma região. E o homem que é picado por esse mosquito infectado e que contrai a doença pode ou não pertencer à região em que circulam os plasmódios e os mosquitos Anopheles. Quando isso acontece estamos numa região endêmica ou de transmissão de malária. Em outras palavras, a maioria dos que contraíram malária em Nova Iguaçu em 1965 foram considerados casos autóctones porque havia em Nova Iguaçu mosquitos transmissores e plasmódios circulando ou com pessoas doentes ou com mosquitos infectados naquela região. Nem todos que contraíram malária em Nova Iguaçu naquela época eram de Nova Iguaçu. Outra coisa, eu disse a maioria porque alguns desses 1565 casos foram casos classificados como importados de outras regiões do país ou do exterior. Esses poucos casos importados entraram na contabilidade de Nova Iguaçu porque foram diagnosticados e tratados lá. Casos importados são aqueles em que a transmissão se dá em uma determinada região e o diagnóstico e o tratamento em outra. A região que o diagnostica classifica esse caso como importado de tal lugar. O que aconteceu em Nova Iguaçu aconteceu também em toda região extra-amazônica brasileira, isto é, estas regiões transformaram-se em regiões de transmissão interrompida pelo tratamento de casos e não pela eliminação dos mosquitos transmissores, que continuam distribuídos praticamente por todo o país. Todas essas regiões da extra-amazônia brasileira hoje estão vulneráveis a ocorrência de episódios de reintrodução da doença por possuírem mosquitos transmissores e circulação de casos importados sintomáticos ou assintomáticos de malária vindos de várias regiões normalmente endêmicas. Esse é o risco de reaparecer malária nesses locais . A malária de Mata Atlântica no Brasil, que ocorre nas regiões de Mata Atlântica de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo têm algumas características: têm o P. vivax como agente etiológico, plasmódio esse, sensível a alguns antibióticos e antimaláricos, casos com baixa parasitemia, sintomas exuberantes em primo infectados, isto é, em pessoas que estão contraindo malária pela primeira vez, o Anopheles cruzii como principal mosquito transmissor que se procria em bromélias presentes na floresta e um número inexpressivo de casos se comparado com o número de casos amazônicos. As bromélias são plantas que acumulam água em suas folhas e abrigam diversos predadores das larvas e das formas adultas desses mosquitos. Normalmente a densidade desses mosquitos é baixa em função da existência de predadores e da quantidade de bromélias existentes na mata. São Paulo é o Estado que mais detecta esses casos. Uma grande parte desses casos é diagnosticada na rede pública e particular como febre de origem obscura. Esses casos transformam-se em casos perdidos epidemiologicamente quando diagnosticados como febre de origem obscura e tratados com antibióticos. Alguns desses pacientes se curam de uma malária que sequer saberão que contraíram, quando tratados e diagnosticados dessa forma. Outro problema nessas regiões é a presença de pacientes assintomáticos, que são pacientes que tem o plasmódio no sangue, produzem gametócitos e infectam mosquitos. Como a parasitemia é baixa nesses pacientes, a oferta de gametócitos também é baixa, e, por conseguinte a infectividade nos mosquitos também é baixa. A infectividade está relacionada com a quantidade de formas plasmodiais infectantes presente na glândula salivar do mosquito transmissor. Os gametócitos são as formas plasmodiais infectantes para o mosquito e parasitemia se refere à quantidade de protozoários presentes no sangue do paciente com malária. Na Amazônia e nos outros países endêmicos os pacientes assintomáticos são tão negligenciados como a própria doença. Sequer são detectados e muito menos considerados caso. Esse é um problema que tem proporções continentais no planeta e que não faz o controle da endemia caminhar. Esses pacientes devem ser diagnosticados e tratados como se sintomáticos fossem, sob pena de manterem o plasmódio em circulação na região onde se encontram, infectando mosquitos e mantendo a malária como endêmica. No Rio de Janeiro, Nova Friburgo foi o Município que mais identificamos e estudamos esses pacientes através de inquéritos sorológicos para P. vivax e esfregaços sanguíneos. O controle dessa malária de Mata Atlântica passa pela identificação e tratamento desses pacientes assintomáticos de malária. Enquanto esses casos não forem diagnosticados e tratados como se sintomáticos fossem, o esperado é que ocorram novos e esporádicos casos de malária nessas regiões. Essa malária de Mata Atlântica não é letal, mas causa o desconforto da toxicidade e das lesões celulares e teciduais de toda malária. Em pacientes imunodeprimidos e mulheres grávidas essa malária por P. vivax pode trazer complicações clínicas graves. Outro problema no Rio de Janeiro se refere à magnitude da letalidade por malária que por aqui ficou dezenas de vezes maior que na Amazônia nos últimos anos, considerando a desinformação assistencial sobre a doença e ao fato de não se pensar em malária diante de um paciente febril vindo de área de transmissão da doença. Isso leva ao óbito desnecessariamente pelo retardo de diagnóstico e tratamento pacientes que contraíram a doença em áreas endêmicas, principalmente aqueles que vêm de países Africanos e Asiáticos. Não são poucos os brasileiros que contraem malária por P. Falciparum em Angola, alguns morrem por lá e outros morrem por aqui por desinformação quando retornam. O desconhecimento do período de incubação ajuda o próprio doente a não pensar em malária e muitas vezes a se automedicar contra os principais sintomas como febre, diarréia, vômitos, dor abdominal, dor de cabeça ou mal estar geral. O Brasil é um país endêmico de malária. Essa possibilidade de diagnóstico deve ser sempre levantada diante de um paciente febril, principalmente por causa dos casos importados que migram de um lugar para o outro levando junto os plasmódios e a doença. Malária é uma doença que evolui muito rapidamente para suas formas graves e o óbito se não for diagnosticada e tratada, principalmente a causada pelo P. Falciparum, aliás, malária por esse protozoário deve ser considerada sempre como uma emergência médica em função da gravidade das complicações clínicas. Sequelas neurológicas por malária em crianças que desenvolveram as formas graves da doença e sobreviveram representam um enorme fardo para a sociedade e para a saúde pública. Os países africanos conhecem essa história mais do que ninguém e sentem-se impotentes diante desse problema. Malária por P. falciparum em crianças na Amazônia, nos países amazônicos e na América Central não é muito diferente. Todos nós assistimos a tudo isso passivamente e de braços cruzados. O controle da malária enfrenta problemas continentais de toda ordem e continua pedindo socorro no planeta! O produtivo seria correr atrás do homem doente e ir atrás dele de forma profissional, querendo achá-lo e querendo tratá-lo. Os mosquitos são gigantescamente numerosos, especializados e de controle impossível. Os mosquitos só se infectam e transmitem as antroponoses como malária, dengue e agora chikungunya se picarem e se alimentarem com o sangue do homem doente. Só temos a natureza, os predadores, as variações climáticas e algum conhecimento a nosso favor para controlá-los. Não esperem por uma vacina eficaz contra a malária tão cedo. Os mosquitos transmissores e os plasmódios estão sempre dois passos à frente de tudo que conseguimos saber sobre eles. Dr Wanir José Barroso, sanitarista, especialista em epidemiologia e controle de endemias pela Fiocruz/RJ e ex-coordenador do Programa de Controle de Malária no Rio de Janeiro.